quarta-feira, 21 de maio de 2008

Cochrane

Objetivos

O valor da antibioticoterapia de rotina antes do esvaziamento cirúrgico do útero em mulheres
com abortamento incompleto é controverso. Em alguns centros de saúde, recomenda-se a profilaxia, em outros, os antibióticos somente são prescritos quando há sinais de infecção. O objetivo desta revisão é avaliar a efetividade da antibioticoterapia profilática de rotina em mulheres com abortamento incompleto.


Antecedentes

Os abortos não seguros, além de resultarem em custos relativos ao tratamento de problemas agudos, também podem ser responsáveis por complicações a longo prazo, como doença inflamatória pélvica, lesão dos órgãos reprodutores e infertilidade secundária. Se efetiva, a antibioticoterapia profilática administrada no momento do procedimento pode prevenir essas complicações.


Estratégia de pesquisa

Cochrane Controlled Trials Register, MEDLINE e Popline. Data da última busca: janeiro de 1999.


Critério de seleção

Ensaios randomizados que compararam a antibioticoterapia profilática de rotina com a falta dessa profilaxia para mulheres com abortamento incompleto.


Recompilação e análise de dados

Dois revisores extraíram os dados e avaliaram a qualidade dos estudos de modo independente.


Resultados principais

Foi incluído um estudo que envolveu 140 mulheres. Um segundo ensaio bem conduzido foi excluído por apresentar grandes perdas de seguimento. Não se observaram diferenças nas taxas de infecção pós-abortamento entre o grupo submetido a profilaxia de rotina e o controle. A adesão com a antibioticoterapia também foi baixa.


Conclusões dos revisores

Não há evidências suficientes para se avaliar antibioticoterapia profilática de rotina em mulheres com abortamento incompleto.

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